A tendência de consumo e produção de hambúrgueres já não é mais uma novidade, com a sua produção e popularização nos remete a meados do século XX. Mesmo que não seja um produto tão novo assim, a sua popularidade é atemporal, já que se trata de um produto com valor sensorial, fácil preparo, variados sabores, entre outros atrativos. 

 

Segundo a ABIA (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos) e ITAL (Instituto de Tecnologia de Alimentos), é considerado hambúrguer industrializado “o produto cárneo industrializado obtido da carne moída de animais de açougue, adicionado ou não de tecido adiposo, ingredientes, moldado e submetido a processo tecnológico adequado”. Os ingredientes comumente adicionados a composição do hambúrguer são: gordura animal e/ou vegetal, maltodextrina, aditivos intencionais, condimentos, aromas e especiarias, entre outros.

 

Os hambúrgueres são opções rápidas de com alto teor de proteínas, mas também possuem um alto valor de sódio – esse detalhe inclusive é um dos pontos de pesquisa em como tornar mais saudáveis. Em análise feita pelo ABIA e ITAL, comparando cerca de 90 produtos de marcas variadas, o hambúrguer de carne bovina com maior teor de proteína chega a suprir 46% do VDR (Valores Diários de Referência de Nutrientes), em porções de 80g. Já os hambúrgueres plant-based, feitos com proteína vegetal, conseguem suprir 43,6% do VDR, também em porções de 80g.

 

Na análise em questão das fibras, apenas os hambúrgueres de proteína vegetal apresentaram um alto teor, considerando os ingredientes de sua composição. O produto com maior teor de fibras, apresenta cerca de 92% do VDR, em uma porção de 80g.

 

Por outro lado, hambúrgueres não são naturalmente produtos de baixo teor calórico, sendo o seu maior valor por porção de 80g, 280 kcal para os hambúrgueres de proteína animal e 359 kcal para hambúrgueres de proteína vegetal. Esse alto teor de valor calórico se deve a características intrínsecas das matérias primas, que podem variar de acordo com os ingredientes selecionados.

 

Apesar disso, os valores nutricionais e a praticidade e facilidade no seu preparo fazem com que o hambúrguer ainda seja uma das principais opções nas refeições dos brasileiros.

 

A produção do hambúrguer começa no processo de moer a carne, podendo ela ser fresca ou congelada, carne bovina, suína ou de frango. A etapa seguinte é combinar a carne que foi moída com os ingredientes adicionais: proteína de soja, temperos, conservantes, aromatizantes e outros. Após esse processo de mistura, a pasta resultante desse processo é levada para ser formatada, pré-cozida, congelada e depois finalmente embalada para ser distribuída. 

 

 

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ABIA, Associação Brasileira da Indústria de Alimentos & ITAL, Instituto de Tecnologia de Alimentos. Hambúrgueres Industrializados. Nutição de Forma Segura e Sustentável. ITAL, 2021.  Disponível em: ital.agricultura.sp.gov.br/. Acesso em: Out. 2022.

 

BASSANI, Juliana Sedlacek. Uso de Especiarias Como Aditivos Naturais na Produção de Hambúrguer Bovino. UNESP, 2018. Disponível em: repositorio.unesp.br/. Acesso em: Out. 2022.

 

COSTA, Lívia Oliveira. Processamento e Diminuição do  Reprocesso do Hambúrguer Bovino (HBV). PUC Goiás, Jun. 2004. Disponível em: professor.pucgoias.edu.br/. Acesso em: Out. 2022.

 

GUERREIRO, Lilian. Produção de Hambúrguer. Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas, Set. 2021. Disponível em: respostatecnica.org.br/. Acesso em: Out. 2022.

 

Processo Industrial de Fabricação de Hambúrguer. Rio Web TV, Fev. 2022. Disponível em: youtube.com/. Acesso em: Out. 2022.